25/04/2024 às 21h40min - Atualizada em 25/04/2024 às 21h42min

MG não é incluída em ampliação de vacinação contra a dengue; entenda

Até o momento, 52 cidades mineiras já iniciaram a aplicação da QDenga. A partir desta sexta-feira (26/4) outros seis estados passarão a receber imunizante

Clara Mariz - ESTADO DE MINAS
Vacina contra a dengue é aplicada em crianças de 10 a 14 anos em Minas Gerais crédito: Gladyston Rodrigues/EM/D.A press

O Ministério da Saúde ampliou a quantidade de municípios que vão receber os imunizantes contra a dengue no país, mas Minas Gerais não foi incluída. Até o momento, 52 cidades mineiras já iniciaram a aplicação da QDenga. Conforme nota técnica do governo federal, a partir desta sexta-feira (26/4) os seguintes estados passarão a ser contemplados: Alagoas, Ceará, Rio Grande do Sul, Sergipe, Piauí e Mato Grosso.

De acordo com o órgão, a definição de quais locais receberão o imunizante permanece a mesma: "ranqueamento das regiões de saúde e municípios, quantitativo necessário de doses conforme a disponibilidade (prevista pelo fabricante) e cálculo do total de doses a serem entregues em uma única remessa ao município".

No início da vacinação, em janeiro deste ano, 22 municípios mineiros entraram na lista do Ministério da Saúde para receber doses da vacina contra a arbovirose. No entanto, desde então, outras 30 cidades foram incluídas no esquema vacinal. Confira a lista no fim da matéria.

Com a ampliação, agora são 25 unidades da Federação contempladas com a vacina contra a dengue. Ao todo, 1.330 mil municípios foram incluídos no plano de imunização. No geral, 1.682.139 de doses foram enviadas pelo Ministério da Saúde a esses estados e ao Distrito Federal. Foram aplicadas 810.686 doses, 48,19% do total.

Imunização
Em fevereiro, durante coletiva de imprensa, o secretário de Estado de Saúde, Fábio Bacheretti, explicou que os critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde envolvem a situação epidemiológica do último semestre de 2023. “Alguns estados que hoje não estão sofrendo com a dengue vão receber doses da vacina. Essa vacina não é para atacar neste momento. Então, para a gente não achar que esses municípios que estão sofrendo agora estão sendo levados em consideração para recebimento das doses”, explicou o secretário.

Com ou sem Qdenga, para Fábio Baccheretti as doses não devem afetar o atual cenário epidemiológico do estado. De acordo com o secretário, a imunização vai começar a mudar os números de casos a médio e longo prazo, uma vez que, agora, apenas 1,5% da população brasileira será vacinada, o que não garante proteção coletiva ou individual. Com isso, até que a vacina comece a ser aplicada em massa, o combate à dengue deve continuar sendo feito “à moda antiga”, nos focos de reprodução do mosquito Aedes aegypti.

“É importante comemorarmos a vacina como uma arma definitiva, mas o combate à dengue continua sendo uma ação em comunidade: cada um de nós dentro da nossa casa com criadouro. Mas a gente não pode usar a vacina para achar que nosso cuidado tem que ser afrouxado. Pelo contrário, nosso pico de dengue, por exemplo aqui em Belo Horizonte, vai acontecer nas próximas semanas – entre fevereiro e março. Ou seja, não dá tempo de pensar que a vacina vai proteger”, afirmou o secretário.


Quem pode ser vacinado
As crianças de 10 a 14 anos são o público-alvo da campanha de vacinação contra a dengue em 2024. O grupo concentra o maior número de hospitalizações, depois de pessoas idosas, e deve receber duas doses pelo SUS (Sistema Único de Saúde) - o intervalo entre elas é de 3 meses. O Ministério da Saúde havia priorizado crianças de 10 a 11 anos, mas ampliou a faixa etária diante da baixa procura.

Os idosos e crianças menores de 10 anos ainda não entraram no grupo prioritário de SUS. Porém, esse público pode tomar a vacina testada e aprovada para pessoas de 4 a 60 anos na rede particular. No último dia 17, o Ministério da Saúde recomendou a ampliação do público-alvo no caso das doses que vencem no próximo dia 30. Foi definido que os municípios que ainda tiverem com um alto número de doses a vencer poderão ampliar a vacinação para a faixa etária de 6 a 16 anos.

Caso os municípios permaneçam com baixa adesão, as doses próximas ao vencimento ainda poderão ser ampliadas ao público que vai dos 4 aos 59 anos.


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