Inadimplência de empresários em BH é menor do que no Estado — Foto: Joédson Alves/Agência Brasil
Com 2,6% de inadimplência, os empresários de Belo Horizonte seguem menos endividados que os do Estado (6,71%). O resultado foi divulgado nesta segunda-feira (15/4) pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) com dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). O menor endividamento da capital em relação a Minas é uma tendência observada desde o encerramento de 2023, que se repetiu em fevereiro deste ano.
Segundo Marcelo de Souza e Silva, presidente da CDL/BH, as empresas têm reagido bem às mudanças macroeconômicas, como redução da taxa Selic, por exemplo. No mês de fevereiro, os CNPJs devedores da capital mineira com o maior número de negativações se concentraram nos seguintes segmentos: 52,34% - Serviços 29,66% - Comércio 6,57% - Indústria 0,14% - Agricultura
Já em Minas, a ordem dos segmentos mais devedores segue a mesma lógica, mas com números diferentes: 42,98% - Serviços 35,63% - Comércio 8,86% - Indústria 0,44% - Agricultura
Enquanto o valor médio devido pelas pessoas jurídicas de BH, em fevereiro de 2024, era de R$ 5.761,27. Já as contas em atraso das empresas de Minas somam R$ 6.339,70. Os valores em atraso por segmentos na capital mineira e Estado são os seguintes:
As principais dívidas das empresas belo-horizontinas são referentes aos seguintes segmentos: serviços de comunicação (4,33%) contas de água energia elétrica (4,26%) bancos (4,11%) comércio (2,05%)
Já as empresas de Minas Gerais acumulam débitos referentes a: água e luz (12,31%) bancos (10,87%) serviços de comunicação (5,81%) comércio (2,31%) Em relação ao número de dívidas por CNPJ, na comparação anual (Fev.24/Fev.23), as empresas da capital mineira tiveram um aumento de 3,67%. Contudo, na análise mensal (Fev.24/Jan.24), foi registrada uma queda de 2,65%.
O mesmo indicador para o Estado aponta uma queda na análise mensal, que passou de 10,33% em janeiro, para 7,99% em fevereiro. Neste recorte, Minas Gerais obteve melhor resultado que o Brasil (9,14%) e a região Sudeste (10,25%). Para o presidente da CDL/BH, os dados apontam uma melhora na capacidade de pagamentos das empresas, resultado não apenas da melhora econômica, mas também do Pronampe e do programa Desenrola.