“Todos esses fatores aumentaram a renda disponível para os trabalhadores. Isso fez com que eles pagassem seus débitos e deixassem o cadastro de negativados. É um dado positivo, pois há uma recuperação de crédito das famílias e mostra que a nossa cidade tem respondido bem aos acontecimentos do país”, avalia o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva.
“Este valor é considerável e nos mostra que a maioria dos inadimplentes, por falta de planejamento financeiro, retorna ao cadastro de negativados por não saber usar de forma correta o crédito recuperado”, explica Souza e Silva.
“São dois públicos que possuem muitas responsabilidades financeiras e, ao mesmo tempo, têm fragilidades econômicas. Por isso, se tornam frequentes no cadastro de inadimplentes e têm dificuldades de mudar esse cenário”, explica a economista da CDL/BH, Ana Paula Bastos.
“Para ter maior consciência de seus gastos, crie o hábito de anotar suas movimentações. Dessa forma, é possível gerir de maneira mais eficiente os ganhos, os gastos, os custos fixos e variáveis, as despesas com o cartão de crédito e as parcelas das compras. Após visualizar sua realidade financeira, será mais fácil traçar estratégias e estabelecer metas”.
“Após entender melhor seus gastos e ganhos, é preciso estabelecer um orçamento financeiro. Esse processo envolve estabelecer limites de gastos para cada categoria e evitar surpresas. Mas é preciso se manter fiel às metas e não se deixar levar pelas compras por impulso, por exemplo”.
“Definir metas é essencial para não estourar o orçamento. Porém, é preciso criar objetivos atingíveis, que não fujam à sua realidade, nem causem frustração. Estabeleça o que deseja alcançar, de quanto vai precisar e em quanto tempo e, claro, coloque isso dentro do seu orçamento financeiro”.
“Não podemos esquecer que imprevistos acontecem, por isso, dedicar parte de sua renda, ao menos 10%, para uma reserva de emergência é essencial. Infelizmente esse não é um hábito comum entre a maioria dos brasileiros, mas é de extrema importância, especialmente em momentos de crise”.
“Entrou um dinheiro a mais? O ideal é investir esse valor. Atualmente existem diversas formas de investimentos que podem ser feitas no aplicativo de celular do seu próprio banco. Analise as opções disponíveis e escolha a que oferece menos risco. Se o seu perfil não é de investidor, ainda vale a pena utilizar a conta poupança. Mesmo que o rendimento não seja significativo, ainda assim seu dinheiro estará guardado e disponível para momentos de necessidade”, finaliza a economista.