Diversificação econômica de Belo Horizonte é agenda prioritária

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Belo Horizonte estagnou, demografica e economicamente, nas últimas décadas. A cidade que era a terceira mais populosa do Brasil caiu em menos de duas décadas para a sexta posição. No ranking de maiores PIBs, caiu da terceira para a quarta posição. Embora a Região Metropolitana de BH ocupe a terceira posição entre as maiores do País, e a sétima posição na América Latina, a capital de Minas perde protagonismo. A justificativa pode estar na queda da complexidade econômica, sobretudo nos últimos 15 anos.

Antes de explorar mais a situação de BH, vamos entender a dinâmica do crescimento econômico, que é preocupação permanente da humanidade. Promover crescimento é o grande objetivo dos países e regiões, já que a prosperidade “alimenta” o desenvolvimento socioeconômico.

Na década passada, “pesquisadores da Universidade de Harvard desenvolveram o conceito de complexidade econômica, visando explicar correlações e causalidades sobre o crescimento econômico. Para estes pesquisadores, a multiplicidade do conhecimento incorporado em pessoas, equipamentos e sistemas de gestão de um país, região ou cidade é que nutre sua complexidade econômica e que, portanto, bloqueia ou induz seu desenvolvimento econômico”, Telmo Ghiorzi. Em síntese, o Índice de Complexidade Econômica é uma medida abrangente das capacidades produtivas de grandes sistemas econômicos, geralmente cidades, regiões ou países. Em particular, o ICE busca explicar o conhecimento acumulado em uma população e que se expressa nas atividades econômicas presentes em uma cidade, país ou região.

De acordo com o Cedeplar, da UFMG, “Complexidade Econômica é uma medida da quantidade de capacidade e know-how presente na produção de qualquer produto. Assim, no centro da dinâmica do desenvolvimento econômico, encontra-se o processo pelo qual os países (e regiões) acumulam conhecimento produtivo, na tentativa de deslocar sua estrutura produtiva para setores mais complexos, tornando-a mais diversificada. Portanto, a linha de pesquisa em Complexidade Econômica busca auxiliar a formalização de estratégias de crescimento, ao indicar quais são os setores promissores para o desenvolvimento da economia, levando em consideração a superação de lacunas de produtividade entre setores.”

À luz deste conceito, voltemos o olhar para a capital mineira. De acordo com estudo produzido pela TSX Invest, Belo Horizonte caiu vertiginosamente no ranking das cidades de maior complexidade econômica do País – de 32ª em 2016 para 72ª em 2021. Isso significa que Belo Horizonte está produzindo menos riqueza, com sérias consequências para a sociedade, no que tange à capacidade de prover serviços de qualidade à população no futuro, tendo em vista que a prosperidade é o subsídio dos programas sociais, da saúde pública, da educação e da infraestrutura. Há um processo que se retroalimenta: uma cidade com bons serviços atrai investimentos que por sua vez promovem o desenvolvimento socioeconômico.

Tendo como propósito a diversificação econômica dos territórios e como missão a estruturação da gestão e da governança da atração de investimentos, a TSX Invest desenvolveu uma metodologia ancorada nas melhores práticas internacionais, adaptadas à realidade dos municípios e regiões do Brasil, para promover a prosperidade sustentável. Entendemos que a atração de investimentos é o caminho para precipitar o desenvolvimento socioeconômico, e que, com método, conseguimos contribuir efetivamente para a prosperidade de estados e municípios brasileiros. O RDD, produto de inteligência que auxilia candidatos a prefeito e vereador, é o preâmbulo da jornada de capacitação do território para diversificação econômica.