11/07/2024 às 02h50min - Atualizada em 11/07/2024 às 02h50min

Inflação: Veja quais produtos ficaram mais caros em BH em junho, segundo o IBGE

Pelo terceiro mês consecutivo, a capital mineira registrou uma elevação de preços superior à média nacional

Cinthya Oliveira - O TEMPO
Batata continua pesando no bolso do belo-horizontino Foto: RODNEY COSTA / O TEMPO

Pelo terceiro mês consecutivo, a inflação em Belo Horizonte e região ficou acima da média nacional. Enquanto o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de junho no Brasil registrou uma variação mensal nos preços de 0,21%, na capital mineira o indicador foi de 0,46%. Somente Goiânia teve um resultado mais elevado, com uma alta nos valores dos produtos de 0,5%.

Dessa forma, a região metropolitana de Belo Horizonte continua sendo a área de maior inflação acumulada em 12 meses, entre as 16 estudadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A variação é de 5,23% na RMBH, enquanto a média brasileira é de aumento de preços de 4,23% em um ano.

Um dos fatores que mais pesaram no IPCA da capital mineira foi a energia elétrica residencial, que subiu 5,98% e provocou o maior impacto individual positivo no índice em junho: 0,22 ponto percentual (p.p.), devido ao reajuste tarifário de 6,76% pela Cemig, aplicado a partir de 28 de maio. Mesmo com a conta de luz mais cara para os mineiros, houve uma desaceleração na inflação como um todo, já que o IPCA de maio havia sido de 0,63% (0,17 p.p. a mais do que em junho). 

Outros fatores que pesaram para a inflação na capital mineira foram o gás de botijão, que aumentou 2,70%, impactando o índice em 0,04 p.p., e o grupo Alimentação e Bebidas, que registrou uma variação de 0,47% em relação a maio. A subida de preços de leite longa vida, tomate, batata-inglesa e café contribuiu bastante para essa inflação. Mas o impacto só não foi maior porque houve uma queda nos valores de mamão, melancia, cenoura e banana-prata.


“Entre as frutas, chama a atenção o mamão, que por conta de uma oferta maior e a concorrência com outras frutas da época, teve uma queda no preço. Também a banana prata é destaque, com maior oferta, e ainda, uma perda de qualidade por conta da intensa variação de temperatura em algumas regiões produtoras”, explica André Almeida, gerente da pesquisa do IBGE.

Confira as principais variações na capital mineira entre maio e junho:
Itens que mais subiram de preço em BH (em %): 
Manga + 16,63 
Banana - d'água + 11,22 
Batata-inglesa + 11,04 
Leite longa vida + 8,25 
Energia elétrica residencial + 5,98 
Tomate + 5,36
Ônibus interestadual + 5,16
Café moído + 4,24
Pão de forma + 4,10 
Cinema, teatro e concertos + 3,80 

Itens que mais caíram de preço em BH (em %):
Mamão -26,11 
Melancia -23,61 
Cenoura -15,42 
Passagem aérea -14,38
Banana-prata -11,16 
Cebola -8,14 
Feijão - carioca (rajado) -6,98 
Biscoito -4,39 
Alface -3,59 
Couve -3,40

Fonte: IBGE


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