14/06/2024 às 00h45min - Atualizada em 14/06/2024 às 00h45min

Metrô de BH: autoridades faltam a reunião e deixam moradores sem respostas sobre desapropriação

Cerca de 200 famílias dizem estar sem informações sobre realocação ou indenização devido a obras de construção da linha 2

Edson Costa - itatiaia.com.br
JOÃO FELIPE LOLLI / ITATIAIA

Mais de duzentas famílias que vivem em comunidades que estão no traçado da linha férrea onde deve ser construída a linha 2 do metrô de Belo Horizonte, entre as regionais Oeste e Barreiro, aguardam respostas sobre a desocupação de imóveis.

Há seis meses suas casas foram catalogadas e os moradores identificados, mas eles alegam que, depois disso, nada mais foi feito. O receio dessas famílias é de serem avisados em cima da hora, sem haver definição de como será o processo — seja de realocação para outras casas ou de indenizações.

Uma audiência pública na Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) foi convocada para debater o assunto, mas nenhum representante da Metrô BH (concessionária responsável por operar o sistema de transporte e fazer as obras), da Prefeitura de Belo Horizonte ou do Governo do Estado compareceram, apenas moradores.

“O último contato foi há seis meses, quando um engenheiro foi fazer as medições das casas. Essa foi a parte final e, a partir disso, seriam [iniciadas] as negociações. Mas a empresa não dá um pingo de satisfação para as famílias, não procuram, não falam nada. Morador só tem notícia pela imprensa”, conta Poliane Cristina Furtado, moradora e representante de famílias do Conjunto Vista Alegre.

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Para o morador do Barreiro, André Xavier, a falta de informações sobre o processo é, também, falta de respeito com quem vive e será afetado pelas obras.

“Acho que é uma falta de respeito do governo do Estado e da empresa, responsáveis pela obra. Poderiam dar mais transparência, considerando que o dinheiro está no caixa da empresa”, afirma.

Em nota, a Metrô BH disse que as obras começam neste ano e que os processos estão em andamento. A concessionária informou, ainda, que a fase de desocupações ainda não começou, mas que o mapeamento já foi feito e a empresa aguarda a licença ambiental.

A Prefeitura de Belo Horizonte afirmou que não são de competência do município a obra e desocupações. Já o Governo do Estado não retornou nosso pedido de informações.


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