27/03/2024 às 12h34min - Atualizada em 27/03/2024 às 12h34min
Prefeitura de BH gastou R$ 16,8 bilhões em 2023; saúde lidera repasses
Prefeito Fuad Noman (PSD) apresentou na Câmara de BH os números do Executivo referentes ao ano passado nesta quarta-feira (27)
Guilherme Peixoto - Itatiaia
Prefeito Fuad Noman apresentou os dados sobre a gestão municipal do ano de 2023 em audiência na CMBH / Foto: Reprodução A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) teve despesas de R$ 16,8 bilhões no ano passado, ante arrecadação de R$ 17,6 bilhões. Os números foram apresentados nesta quarta-feira (27) pelo prefeito Fuad Noman (PSD) aos vereadores da cidade, durante evento de prestação de contas da gestão municipal em 2023, na sede da Câmara Municipal.
A maior fatia dos R$ 16,8 bilhões foi destinada à saúde. Segundo o Executivo municipal, R$ 5,7 bilhões foram destinados a ações como a reconstrução de centros de saúde. “Logicamente, temos uma grave crise na saúde, o que faz com que os recursos da saúde sejam mais utilizados. Saímos da uma pandemia, em que a saúde consumiu uma infinidade de recursos. Agora, enfrentamos a crise da dengue, que exige um investimento muito alto da prefeitura. Mas mantemos nossas contas em dia”, disse Fuad.
O relatório orçamentário aponta, portanto, que houve superávit de R$ 796 milhões. Segundo Fuad, as contas públicas estão “sob controle”. Dengue pauta debates
A dengue, citada por Fuad, foi tema de questionamentos feitos por vereadores ao prefeito. Presente à prestação de contas na Câmara Municipal, o secretário de Saúde, Danilo disse que, no ano passado, R$ 100 milhões foram gastos para ações de prevenção da doença.
“BH já previa que teríamos uma epidemia muito forte de dengue”, apontou. “Hoje, podemos com segurança dizer que BH, Minas e o Brasil enfrentam a pior epidemia de dengue da história”, completou.
Segundo Danilo, esta epidemia pode ser a última. O secretário de Saúde disse que picos semelhantes costumam ocorrer a cada três anos – assim, a previsão é que, em 2027, a vacina já esteja difundida. Aeroporto Carlos Prates e infraestrutura
O imbróglio em torno da destinação do Aeroporto Carlos Prates também foi abordado. O terminal, fechado no início do ano passado após sucessivos acidentes, vai, conforme os planos da prefeitura, sediar um novo bairro, com moradias populares.
Parte dos vereadores, no entanto, questiona a ideia. “O senhor fez um grande estardalhaço quando recebeu 2 mil assinaturas de apoio à bendita ciclovia da Afonso Pena, enquanto ignora que mais de 12 mil pessoas assinaram um abaixo-assinado pró-aeroporto”, protestou o vereador Braulio Lara (Novo).
Pré-candidato à reeleição, Fuad negou que o tema tenha contornos eleitorais. “Em momento nenhum, Belo Horizonte pediu para fechar o aeroporto. BH disse o seguinte: caso o aeroporto seja fechado e o terreno, doado ao município, a prefeitura quer”, pontuou.
No que tange aos números apresentados pelo Executivo municipal, R$ 2,7 bilhões foram gastos em infraestrutura.