03/10/2024 às 09h14min - Atualizada em 04/10/2024 às 00h01min

Mês do Combate à Sífilis Congênita

Outubro Verde

Vérité Comunicação
SPSP
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Campanha visa combater a sífilis congênita

A sífilis congênita representa um enorme desafio aos médicos pediatras, devido ao aumento progressivo das taxas de transmissão vertical (da mãe para o bebê) da doença. Por isso, a Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP) criou a companha Outubro Verde – Mês do Combate à Sífilis Congênita, que tem por objetivo chamar a atenção da população para a importância do diagnóstico precoce e do tratamento da sífilis na gestante, pois essa é a melhor forma de prevenir que a doença seja transmitida ao recém-nascido.

Segundo a neonatologista Lilian dos Santos R. Sadeck, coordenadora do Grupo de Trabalho da Prevenção e Tratamento da Sífilis Congênita e da campanha Outubro Verde, a sífilis congênita é uma doença evitável, causada pela disseminação pelo sangue da bactéria Treponema pallidum, com alto risco de transmissão ao feto quando a gestante contaminada não é testada durante o pré-natal ou na ausência de tratamento adequado. “A doença é transmitida através da placenta (transmissão vertical) e, em casos mais raros, durante o nascimento, por contato direto com lesões de sífilis no canal de parto. O diagnóstico e o tratamento da mãe são essenciais, uma vez que a doença pode resultar em aborto, nascimento prematuro e bebês com baixo peso", afirma a pediatra. 

Na opinião de Claudio Barsanti, coordenador das Campanhas da SPSP, a campanha Outubro Verde tem sido muito importante para alertar a população, uma vez que os números de sífilis congênita no país e no mundo são alarmantes. “Esse aumento na incidência de uma doença que é facilmente prevenível e tratada, desde que seja feito o diagnóstico, é realmente preocupante, já que a falta de tratamento pode levar desde sequelas irreversíveis até a morte do bebê, tanto intraútero quanto após o seu nascimento”, explica o médico, ressaltando que, devido à alta prevalência da doença, o Ministério da Saúde (MS) lançou, em 1993, um projeto de redução/eliminação da sífilis congênita. “Entretanto, a despeito desta iniciativa, observou-se um recrudescimento da doença e, além de não se conseguir erradicá-la, houve um aumento no número de casos”, lamenta.

Conforme explica Lilian, o prognóstico da sífilis congênita está ligado à gravidade da infecção intrauterina e à época em que o tratamento foi instituído. “Entre os sintomas da sífilis congênita precoce estão anemia, aumento do fígado ou do baço, icterícia, lesões de pele nas palmas das mãos e plantas dos pés, meningite e alterações radiológicas, como por exemplo lesões ósseas”, esclarece. Já na sífilis congênita tardia, a especialista diz que as manifestações incluem, entre diversas outras, distúrbio auditivo, alterações oftalmológicas e dificuldade de desenvolvimento e aprendizado. “Portanto, quanto mais precocemente a doença for tratada, menor será o prejuízo para a criança”, alerta. Barsanti enfatiza que o objetivo da campanha é chamar a atenção de todos para a importância do acompanhamento adequado do pré-natal da gestante e, assim, realizar o diagnóstico e o tratamento da sífilis o mais cedo possível. “Ao se prevenir a transmissão da doença ao bebê, graves complicações que a criança poderá apresentar posteriormente serão evitadas, bem como o risco de óbito”, finaliza.  
 

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LUCIANA RODRIGUEZ CRISTALINO
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