25/09/2024 às 12h40min - Atualizada em 26/09/2024 às 00h02min

Saúde Mental em foco: Educar é também cuidar do bem-estar psicológico

Por Dagmar Rivieri

VCRP
Divulgação - Facebook Casa do Zezinho

Adotamos a Pedagogia Arco-Íris, que nos ensina a ter um "olhar pequeno" sobre nossos Zezinhos e Zezinhas. Esse olhar atento permite identificar sinais sutis de suas emoções — um gesto, um silêncio ou uma expressão que pode dizer mais do que palavras. Nossos educadores são capacitados para reconhecer e acolher essas expressões, criando um ambiente onde as crianças se sentem seguras para explorar e comunicar seus sentimentos.

Por meio de diálogos, vivências e atividades práticas, ajudamos as crianças e adolescentes a entender suas emoções, a gerenciá-las e, principalmente, a comunicá-las de maneira saudável. Eles aprendem a lidar com frustrações, a expressar suas necessidades e a encontrar maneiras de se fortalecerem emocionalmente. As atividades artísticas e lúdicas também são essenciais para isso. Elas promovem a empatia e a socialização, ajudando a construir um equilíbrio necessário para o crescimento saudável.

Cuidar de quem cuida

Cuidar dos Zezinhos e Zezinhas é uma grande responsabilidade, mas também cuidamos de quem está com eles todos os dias: nossos educadores. Acredito que, para cuidar bem do outro, precisamos primeiro estar bem conosco mesmos e por isso, oferecemos momentos de escuta e acolhimento também para eles.

Todos os meses, promovemos rodas de formação para os nossos educadores. São momentos de troca, onde cada um compartilha suas experiências, aprende com o outro e encontra inspiração. Além disso, também fazemos orientações individuais com nosso mediador pedagógico. Esse cuidado individualizado é fundamental para que cada educador se sinta ouvido e apoiado.

O que faz a Casa do Zezinho ser um lugar especial é que aqui todos podem ser quem são. Nossas crianças, adolescentes e educadores sabem que têm um espaço seguro para expressar seus sentimentos.Reconhecer e validar as emoções de cada um é fundamental. Quando acolhemos as dores, as alegrias, as frustrações e as conquistas de todos que fazem parte da Casa, estamos contribuindo para a criação de um ambiente mais justo e equilibrado. Queremos que cada pessoa que passa por aqui se sinta valorizada, ouvida e respeitada.

Fundar a Casa do Zezinho foi uma forma de retribuir ao mundo todo o amor que recebi na vida, e essa missão continua. Hoje, atendemos mais de 1.000 crianças, adolescentes e jovens no Capão Redondo, zona sul de São Paulo. Oferecemos acesso à educação, cultura, alimentação de qualidade e, acima de tudo, criamos oportunidades para que essas crianças rompam as barreiras da exclusão.

A saúde mental de nossos Zezinhos e Zezinhas, assim como de nossos educadores, é uma prioridade para nós, e continuaremos cuidando uns dos outros, porque sabemos que um ambiente acolhedor pode transformar vidas.


 

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CAROLINA CHRISTINE PUGLIERI IKE
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