Departamento Nacional de Auditoria do SUS (DenaSUS), por meio da Coordenação-Geral de Promoção do Sistema Nacional de Auditoria (SNA), realizou, nos dias 10 e 11 de setembro, em Belo Horizonte, a 2ª Oficina Inter-Regional do SNA do SUS. O evento reuniu cerca de 120 participantes de sete estados do país: Acre, Minas Gerais, Mato Grosso, Piauí, Rio de Janeiro, Tocantins e o Distrito Federal, com a presença de profissionais dos componentes municipais e estaduais do SNA e representantes dos Conselhos de Secretarias Municipais de Saúde e do Controle Social, para discutir elementos fundamentais para a construção da Política Nacional de Auditoria do SUS e avaliar os planos de ação dos componentes estaduais e municipais, elaborados em 2023, nas oficinas regionais realizadas pelo SNA.
A construção da Política Nacional de Auditoria do SUS foi um dos objetivos das oficinas regionais, que também promoveram debates para alinhar conceitos e técnicas de auditoria interna do SUS, além de fortalecer uma governança dialógica, com enfoque tripartite — envolvendo os três níveis de governo — e a inclusão do controle social. “A participação desses atores é essencial para essa construção. Foi assim que organizamos as oficinas, o que gerou debates importantes para o alinhamento conceitual e a padronização dos processos de trabalho", destacou Alexandre Rodrigues, diretor do DenaSUS, ao abrir o evento.
Como desafio para a implementação da Política Nacional de Auditoria, Alexandre Rodrigues destacou: “O primeiro, é retomar todo esse diálogo com o Sistema Nacional de Auditoria. É preciso se aproximar de gestores, do controle social e da sociedade, mostrando que o papel da auditoria não é apenas identificar irregularidades, mas apoiar a gestão, apontando caminhos e melhorias necessárias para a saúde. Somente por meio do diálogo com todos esses atores conseguiremos construir essa política nacional de auditoria", afirmou.
Convidada para palestrar sobre a Política Nacional de Auditoria nesta 2ª oficina, Juliana de Paula, doutora e professora universitária em Saúde Coletiva, afirmou que a política pode impactar a sociedade brasileira “porque amplia o olhar da auditoria para além da conformidade e não conformidade, além de definir melhor as ferramentas que devem ser usadas e compartilhadas pelos vários atores”.
Além de Alexandre Rodrigues, participaram da mesa de abertura João Batista da Silva, chefe do Seaud de Minas Gerais; Daniella Imaculada Barros, diretora da Auditoria Municipal de Belo Horizonte; Alex Rodrigues do Nascimento, do componente estadual de auditoria de Minas Gerais; Maflávia Ferreira, superintendente do Ministério da Saúde em Minas Gerais; Rodrigo Fontinelle Miranda, da Controladoria-Geral do Estado (CGE); Ilda Aparecida de Carvalho Alexandrino, presidenta do Conselho Municipal de Saúde (CMS/BH); e Lourdes Aparecida Machado, do Conselho Estadual de Saúde (CES/MG).
As Oficinas Inter-Regionais do SNA têm como propósito promover a integração e capacitação técnica dos auditores do SUS, com vistas à construção de uma Política Nacional de Auditoria que atenda às necessidades de estados e municípios. Os encontros proporcionam debates sobre governança, controle social e auditoria contínua, com o objetivo de aprimorar a execução das atividades e fortalecer a transparência no SUS.
Na 1ª Oficina, realizada em Fortaleza, entre 26 e 28 de agosto, foram abordados temas como a auditoria contínua e a inovação tecnológica, com a presença de representantes de 10 estados. Agora, a expectativa é para a 3ª e última oficina, que tem previsão para ocorrer na próxima semana, com a participação de Alagoas, Amazonas, Bahia, Goiás, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Sul, Roraima e Santa Catarina, totalizando cerca de 250 participantes.
Foto: divulgação/MS
