“É um espaço muito vivo e dinâmica. Já expomos trabalhos nossos, já recebemos performances”, cita, explicando que Carol e ela entenderam que seria mais interessante abrir o espaço no centro da cidade. “É uma região rica e diversa, por onde passa muita gente. E interagir com esses públicos diversos era um interesse nosso após a vivência mais reclusa na residência que fizemos”, assinala, indicando que a realização de eventos, como vernissages, se mostrou um instrumento interessante neste sentido.
“É muito difícil manter um espaço independente, mas, felizmente, tem muita gente persistente por aí”, reconhece, assinalando que nem todo artista se encaixa nas dinâmicas das galerias de arte mais tradicionais ou instituições. “Além disso, se a gente for pensar, o número de editais é pequeno em comparação ao número de pessoas que gostariam de ser contempladas. Ou seja, temos um cenário em que não dá para todo mundo entrar pela mesma porta”, examina, lembrando que as galerias alternativas também costumam ser uma opção buscada por artistas mais consolidados quando desejam testar projetos mais experimentais.