“Logo que nasceu, ele precisou ser entubado. O estado de saúde era complicado porque ele também teve anemia e infecção e ficou 22 dias ligado aos aparelhos. Depois, ele passou uma semana em observação, mas precisou fazer uma traqueostomia, foi entubado novamente e já ficamos esperando a transferência. Aguardamos por menos de duas semanas e conseguimos a vaga na Santa Casa BH”, lembra a mãe. O transporte para a capital mineira foi feito pelo Saav, que é fruto da parceria entre a SES-MG, o CBMMG , o Comave e o Samu, por meio dos Consórcios Regionais de Saúde.
“Antigamente, as pessoas eram encaminhadas pelos médicos ou por políticos e nem sempre o indivíduo tinha os critérios clínicos e nem era feito classificação de riscos para conseguir a transferência. A regulação veio com o princípio da equidade e universalidade para permitir o acesso a todos os usuários do SUS, que têm o mesmo direito e a mesma oportunidade de conseguir a vaga”, conta.
“Os hospitais municipais, UPA, ou policlínicas são chamados de ‘origem’. Eles fazem a solicitação de internação pelo SUSfácilMG, e esse cadastro simboliza um paciente que está numa maca, aguardando pela transferência. O médico regulador vai avaliar o laudo por meio de critérios clínicos e, por isso, as informações devem ser preenchidas de forma completa, explicitando a patologia, a real necessidade que o caso exige, resultados de exames, medicamentos administrados e qual é a distância que ele se encontra dos hospitais de alta complexidade. Iniciamos as buscas com base nessas informações, tanto para leitos de enfermaria, quanto de CTI e avaliamos os hospitais mais adequados, com a maior agilidade possível”, pontua.