25/09/2024 às 10h18min - Atualizada em 26/09/2024 às 00h02min

Sepse: Um problema de saúde pública global

Saúde - Pediatria

Vérité Comunicação
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Você já ouviu falar em “sepse”?

Provavelmente, muitos pais e cuidadores nunca ouviram esse termo, apesar da sepse ser uma condição antiga e perigosa. É possível que você a conheça como “septicemia” ou “infecção generalizada”. Mas, afinal, o que é sepse?

“A sepse é uma condição grave, uma emergência médica que precisa ser reconhecida e tratada rapidamente. Ela ocorre quando o corpo, na tentativa de combater uma infecção, reage de forma descontrolada, causando danos aos próprios órgãos, como o coração, pulmões, cérebro e rins, colocando a vida do paciente em risco”, esclarece a intensivista pediátrica Daniela Carla de Souza, membro do Departamento de Terapia Intensiva da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP). Ela diz que a doença pode ser causada por infecções comuns da infância, desencadeadas por vírus, bactérias ou protozoários.

De acordo com a especialista, a evolução para sepse depende do tipo de patógeno (o agente causador da infecção), das condições de saúde do paciente e do ambiente em que ele vive. “Certos grupos são mais vulneráveis, como recém-nascidos, pessoas com doenças crônicas, pacientes em terapia imunossupressora, aqueles que foram internados recentemente ou que fizeram uso de antibióticos”, explica Daniela, ressaltando que os pacientes com desnutrição e aqueles que vivem em regiões com condições sanitárias precárias também apresentam um risco maior de uma infecção evoluir para sepse. “Esses pacientes têm o sistema imunológico enfraquecido e, portanto, são mais suscetíveis à sepse”, acrescenta.

A sepse é reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um problema de saúde pública global. Anualmente, mais de 25 milhões de crianças e adolescentes desenvolvem a doença, e mais de 3,5 milhões morrem em decorrência dela. No Brasil, um estudo coordenado pelo Instituto Latino-Americano de Sepse revelou que mais de 42.000 crianças são internadas em Unidades de Terapia Intensiva Pediátrica com sepse a cada ano, e mais de 8.300 delas não sobrevivem.
“Quando a sepse não leva à morte, ela pode deixar marcas que afetam a mente, o corpo e as emoções dos pacientes e de seus familiares”, afirma a pediatra.


A médica destaca que os pais podem e devem estar atentos aos sinais de sepse, buscando imediatamente ajuda médica se a criança apresentar febre, respiração acelerada, palpitações (batimentos cardíacos muito rápidos), palidez, extremidades arroxeadas, sonolência excessiva ou manchas pelo corpo. “É importante destacar que a sepse pode ser prevenida. Manter a carteira de vacinação das crianças em dia, praticar boa higiene, incluindo a lavagem frequente das mãos, e usar antibióticos apenas quando prescritos por um médico são medidas eficazes para prevenir essa condição”, orienta Daniela.
 

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LUCIANA RODRIGUEZ CRISTALINO
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