05/09/2024 às 16h05min - Atualizada em 08/09/2024 às 00h00min

Tempo seco favorece crises de rinite, tosse seca e alergias. Veja como se proteger

  Umidificar o ar, beber muita água, usar soro fisiológico para lavar o nariz e máscara cirúrgica são algumas das orientações dos especialistas do Hospital Santa Catarina - Paulista contra o tempo seco e a poluição

AMANDA CARVALHO
Divulgação
Setembro começa com uma onda de calor sufocante em todo o país. A baixa umidade e calor colocam a população em alerta para doenças respiratórias como gripes, resfriados, tosses e alergias. O tempo seco e a menor dispersão dos poluentes fazem com que a qualidade do ar fique precária, e se isso for combinado com a exposição ao ar poluído por fumaça e fuligem, especialmente em períodos prolongados, pode causar uma série de problemas na saúde.
 
Segundo o otorrinolaringologista Dr. Ali Mahmoud, do Hospital Santa Catarina – Paulista, essa é uma época de piora na saúde respiratória. “O tempo seco leva a uma diminuição da fluidez do muco que habitualmente fica em cima das vias respiratórias, tanto nasais, quanto sinusais e pulmonares. Essa secreção, comum nos indivíduos, protege e ajuda na limpeza de corpos estranhos, como bactérias ou vírus. Este mecanismo de proteção diminui com as altas temperaturas, proporcionando uma proliferação maior de doenças respiratórias”, explica.
 
Segundo o médico, em tempos de baixa umidade do ar, toda a população é atingida, em especial os portadores de doença respiratória: “Pessoas com rinite, sinusite crônica, pacientes com asma e bronquite tendem a ser mais acometidos e estão sujeitos a inflamações e alergias”, conta o otorrinolaringologista.
 
De acordo com o Dr. Alberto Cukier, pneumologista do Hospital Santa Catarina - Paulista, a combinação de tempo seco e poluição do ar, como fumaça de automóveis ou queimadas, aumenta significativamente os casos de doenças respiratórias. “A exposição ao ar poluído por fumaça e fuligem, especialmente em períodos prolongados, pode causar uma série de problemas na saúde. Entre eles estão a irritação das vias aéreas, a piora de doenças respiratórias pré-existentes, como asma e Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, tosse seca e aumento do risco de infecções respiratórias”, explica o médico.
 
Como se proteger?
 O otorrino Dr. Ali Mahmoud recomenda antes de tudo ingestão de água: “Qualquer muco no nosso corpo, qualquer secreção é composta basicamente por água. Uma forma de hidratação é a lavagem nasal, que mantém o nariz mais úmido e ajuda a evitar esses efeitos maléficos da secura. Outra medida econômica é deixar uma toalha de rosto úmida perto da cama. Já as bacias não são efetivas porque a evaporação é pequena”.
 
Segundo o Dr. Alberto Cukier, pneumologista, é importante também usar o umidificador de forma correta: “Manter o ambiente umidificado é muito importante nessa época. O aparelho deve ser ligado por algumas horas e não é recomendável dormir com ele ligado, pois pode proliferar fungos no ambiente, caso fique muito úmido e desencadear alergias”, explica o especialista.
 
Queimadas
 Dr. Ali Mahmoud explica que ao presenciar queimadas, o ideal é evitar a exposição e ir para um local seguro, porém se a cidade estiver tomada pela fuligem e fumaça, há algumas formas de proteger o sistema respiratório: “Para reduzir a entrada da poluição externa no caso de muita fumaça, as portas e as janelas devem ser mantidas fechadas, devido às concentrações de partículas. O ideal é manter a ventilação dentro de casa, se possível com ar condicionado ou purificadores de ar”, alerta o médico.
 
Dr. Alberto Cukier acrescenta que as atividades físicas devem ser evitadas em horários de elevadas concentrações de poluentes do ar e é recomendável ainda a utilização de máscaras como a N95: “Em nenhuma hipótese deve-se molhar a máscara, pois ela perde o efeito e a pessoa passa a inalar ar impuro. É importante também ficar atento ao desconforto sentido por crianças menores de 5 anos, idosos maiores de 60 anos e gestantes. E ao sinal de sintomas respiratórios ou outras ocorrências de saúde, deve-se procurar atendimento médico”, complementa o pneumologista. 

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AMANDA RIBEIRO DA SILVA CARVALHO
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