19/06/2024 às 11h42min - Atualizada em 19/06/2024 às 11h42min

‘Pegue o gato’: entenda como vai funcionar a vacinação dos 300 felinos do Parque Municipal de BH

Agentes de saúde vão atuar com gatoeiras e púçás de contenção; local fechará mais cedo três dias na semana

Isabela Abalen - O TEMPO
Parque tem uma população de cerca de 300 gatos Foto: Flavio Tavares/O Tempo

A vacinação contra a raiva dos pelo menos 300 gatos que moram no Parque Municipal Américo Renné Giannetti, no Centro de Belo Horizonte, será uma força-tarefa de prazo indeterminado na capital. A partir desta semana, o parque será fechado mais cedo, às 17h, todas as terças, quartas e quintas-feiras. No período da noite, os visitantes darão lugar aos agentes de saúde da prefeitura. A equipe tem a missão de imunizar a população de felinos que vive espalhada nos 180.000 m² do Parque Municipal.

BH está há três anos sem registrar casos de raiva em gatos, segundo a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). A iniciativa de vacinação ocorre todos os anos. Para conseguir capturar os felinos, os agentes de saúde usam gatoeiras e púçás de contenção (cabos com redes no topo). O Parque Municipal é dividido em áreas e, a cada dia, os funcionários ficam focados em um pedaço do local. 

Todo gato que é capturado passa por uma avaliação dos médicos veterinários do ambulatório do parque. Se o felino for castrado e microchipado, ele recebe a vacina. Caso contrário, o animal é encaminhado para o Centro de Zoonoses da capital para passar pelos procedimentos de controle – castração e microchipagem. A saúde geral dos gatinhos também é avaliada, com a identificação de possíveis doenças.

Esse trabalho de acompanhamento da colônia de gatos do Parque Municipal faz parte do “Plano de Manejo dos Felinos”. "É um trabalho preventivo fundamental para a saúde dos animais e da população. A captura dos gatos nem sempre é fácil, por isso, ainda não temos um prazo definido para a conclusão do manejo. O mais importante é garantir um ambiente propício para a ação e identificar todos os gatos", explica a subsecretária de Promoção e Vigilância à Saúde, Thaysa Drummond.

Encaminhamento para doação 
O Plano de Manejo também inclui o encaminhamento dos animais para programas de adoção. Essa é uma das medidas para reduzir a população de gatos no parque a médio prazo, já que o abandono de animais é um problema recorrente.

"O abandono de animais é crime e pode resultar em multas e até prisão. A Guarda Municipal possui um posto de vigilância dentro do parque e está atenta para coibir e registrar tentativas de abandono", alerta Gelson Leite, presidente da Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica (FPMZB).

Como fica o funcionamento do Parque Municipal? 
Segundas-feiras: fechado para manutenção.

Terças, quartas e quintas-feiras: de 7h às 17h, sendo permitida a entrada de visitantes até às 16h30.

Sextas-feiras e sábados: das 7h às 21h, com entrada permitida até 30 minutos antes do horário de fechamento.

Domingos: das 7h às 17h, com entrada permitida até 30 minutos antes do horário de fechamento.

Raiva 
A Prefeitura de Belo Horizonte informa que o último caso registrado de raiva animal em gato foi em 2021. O animal foi encontrado na região da Pampulha.

A Secretaria Municipal de Saúde mantém a circulação do vírus da raiva sob vigilância contínua. A pasta oferece a vacina contra a raiva para cães e gatos durante todo o ano em seis locais, além de realizar a campanha antirrábica anual.

Em caso de animais com suspeita de raiva, especialmente morcegos caídos e com comportamento atípico, a população deve acionar o serviço de Zoonoses do município (3277-7411 ou 3277-7414).


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