05/06/2024 às 09h58min - Atualizada em 05/06/2024 às 09h58min

Aedes aegypti: Santa Luzia decreta situação de emergência em saúde pública

Bruno Luis Barros - www.msn.com

A Prefeitura de Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, declarou nesta terça-feira (6/2), por meio do decreto 4289/24, situação de emergência em saúde pública para três arboviroses causadas pelo Aedes aegypti: dengue, zika e chikungunya. A medida válida pelo período de seis meses decorre do número “crescente” de casos confirmados e suspeitos das doenças virais, informa o Executivo municipal.

Dados epidemiológicos no município apontam para 329 pessoas contaminadas com a dengue e outros 2.683 casos suspeitos para a doença. Em relação à chikungunya, há 89 suspeitas de contaminação e mais 12 pessoas que testaram positivo para a infecção viral. O governo municipal não forneceu dados sobre a zika. 

"Pelo decreto municipal, fica autorizada a adoção de todas as medidas administrativas e assistenciais necessárias à contenção do aumento da incidência de casos de arboviroses, em especial a aquisição pública de insumos e materiais, doação e cessão de equipamentos e bens e a contratação de serviços necessários ao atendimento da situação emergencial", disse a prefeitura. 

Minas tem nove mortes por dengue
Mais duas mortes por dengue foram confirmadas pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) nesta terça-feira (6/2), no Painel de Monitoramento de Casos de Arboviroses, totalizando nove óbitos em Minas.

Já o boletim epidemiológico da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) informa mais uma morte na capital, chegando a três. Logo, vale dizer que a SES-MG leva até 60 dias para apurar as notificações por dengue emitidas pelas prefeituras no estado, podendo a conclusão ser alterada neste período. Até o momento, a pasta estadual só ratificou uma morte na capital. 

Ainda não há informações sobre os dois novos registros do Estado. Até essa segunda (5/2), eram sete óbitos confirmados. 

Conforme a SES-MG, Minas registrou 121.412 casos prováveis de dengue até esta terça-feira, dos quais 42.896 já foram confirmados. Mais 73 óbitos estão em investigação.

Em relação à chikungunya, foram registrados 14.835 casos prováveis da doença, sendo 10.048 já confirmados. Uma pessoa morreu, e oito óbitos estão em investigação. Já o vírus zika tem 22 casos prováveis e um confirmado. Não há óbitos confirmados ou em investigação.

Atrás apenas do Distrito Federal e do Acre, Minas já registra a terceira maior incidência da doença no Brasil. Segundo especialistas em infectologia ouvidos pelo Estado de Minas, o aumento se deve a dois fatores combinados: a própria natureza cíclica da doença, que aparece em picos a cada três ou cinco anos, e também uma falha das ações de combate ao vírus.

“A dengue vai e volta, sempre. A esperança de melhora no quadro da doença vai ser vacinal, porque, durante estes anos, a gente falhou como sociedade em combater o vetor da dengue. A prova disso é 2024”, aponta o médico infectologista Leandro Curi.


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