15/08/2024 às 14h13min - Atualizada em 18/08/2024 às 00h00min
Dia Nacional de Combate ao Fumo
Uma luta necessária contra os malefícios do tabagismo
JOãO PEDRO
https://portal.unigranrio.edu.br/
FreePik O Brasil se destaca globalmente no combate ao tabagismo, ocupando o 1º lugar na região das Américas em áreas como regulamentação do tabaco e coordenação da vigilância, segundo a plataforma Progress Hub. Celebrando o Dia Nacional de Combate ao Fumo (29/08), o país se posiciona em 18ª colocação entre 180 países no cumprimento da Convenção-Quadro da OMS para o Controle do Tabaco. Com 12,6% da população adulta fumando, o Brasil apresenta uma taxa inferior à média global. A prevalência é maior entre homens (15,9%) do que mulheres (9,6%) e menor entre adolescentes (5,4%) em comparação à média global.
Esta data é uma oportunidade para refletir sobre os malefícios do ato de fumar, promover campanhas que visam reduzir o consumo de tabaco e salvar vidas, além de ampliar a compreensão sobre esses riscos e encorajar medidas preventivas e estratégias de cessação. Fumar não é apenas um hábito, mas sim uma doença crônica que gera sofrimento e acarreta custos elevados para o sistema de saúde. A cada dia, milhões de brasileiros enfrentam doenças graves causadas pelo tabagismo, incluindo doenças respiratórias, cardiovasculares e diversos tipos de câncer.
O tabagismo afeta gravemente o corpo humano. A nicotina e outras substâncias presentes no cigarro causam o acúmulo de resíduos nos pulmões, levando à morte de áreas pulmonares e à dificuldade respiratória progressiva. Com o tempo, isso resulta na perda significativa da qualidade de vida, afetando a capacidade de realizar tarefas simples do cotidiano. “Além dos danos respiratórios, fumar é um fator de risco importante para doenças cardiovasculares. O tabaco contribui para a formação de placas nas artérias, o que pode levar a infartos e outros problemas cardíacos. O câncer também é uma das consequências mais graves do tabagismo, afetando não apenas os pulmões, mas também a garganta, a boca, o esôfago e outros órgãos”, explica o Dr. Roberto Gonzales, médico e professor de pneumologia da Unigranrio Afya.
Parar de fumar é um desafio significativo devido ao prazer e ao consolo que muitos associam ao cigarro, comparando-o a um "parceiro encantado". Para superar esse vício, é crucial visualizar a ruptura com o cigarro como o fim de um relacionamento prejudicial. Métodos eficazes para cessação incluem o uso de adesivos, chicletes, medicamentos e apoio psicológico. Essas estratégias ajudam a criar um plano de ação que fortalece a determinação do indivíduo em abandonar o tabaco.
Os cigarros eletrônicos, muitas vezes considerados uma alternativa menos prejudicial aos cigarros tradicionais, não são isentos de riscos. Apesar de serem promovidos como uma opção "mais segura", as evidências indicam que os cigarros eletrônicos podem ser até mais prejudiciais devido às substâncias químicas adicionadas em suas formulações. Essas substâncias não apenas fazem mal à saúde, mas também podem aumentar a dependência do ato de fumar.
Contrário ao que muitos acreditam, os cigarros eletrônicos não são uma solução segura para o tabagismo e podem servir como uma porta de entrada para o vício em jovens, que são atraídos pela novidade e pela pressão social. A falta de discernimento e a necessidade de pertencimento ao grupo podem levar à iniciação no tabagismo, com o uso desses dispositivos.
Os sinais de que o tabagismo está afetando a saúde incluem dificuldade em realizar atividades diárias como subir escadas ou tomar um banho sem sentir falta de ar. Quando esses sintomas aparecem, é crucial procurar ajuda médica. A intervenção precoce pode ser decisiva para evitar a progressão de doenças graves. “Entre os mitos comuns estão a ideia de que quem não inala não fuma, que é possível parar de fumar quando quiser, que parar de fumar elimina o risco de enfisema, e que cigarros eletrônicos não têm os mesmos riscos que os cigarros tradicionais. Essas crenças enganam e podem atrasar a busca por ajuda e a adoção de medidas preventivas eficazes”, finaliza Dr. Roberto Gonzales.
A conscientização e a educação são ferramentas essenciais para enfrentar essa epidemia e melhorar a qualidade de vida da população. Que este dia inspire ação, informação e mudança, contribuindo para um futuro mais saudável para todos.
Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
JOãO PEDRO URBANO DOS SANTOS
[email protected]