27/05/2024 às 11h11min - Atualizada em 28/05/2024 às 00h00min

Brasil se une à campanha global 'Ponto Final' para exigir que Lula e demais líderes atuem para mudar o futuro da alimentação do planeta

Fórum Animal adere ao movimento END.IT, liderado pela organização Compassion in World Farming (CIWF), para pedir que líderes mundiais apoiem um Acordo Global das Nações Unidas (ONU) para transformar o sistema alimentar e acabar com a criação de animais em escala industrial

VALLE DA MíDIA ASSESSORIA DE IMPRENSA
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O Fórum Animal aderiu a uma grande campanha internacional liderada pela organização Compassion in World Farming (CIWF) para conclamar que líderes mundiais, incluindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, apoiem um Acordo Global sobre alimentação e agricultura que seja adotado pela Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas).

Chamada no Brasil de Ponto Final, a campanha já conta com mais de meio milhão de assinaturas de apoio de pessoas de todas as partes do mundo.

Além disso, dezenas de organizações, movimentos, ativistas e defensores de animais já deram seu respaldo à mobilização. Em nosso país, o movimento está apenas começando.

"Esperamos que milhares de brasileiros e brasileiras assinem para apoiar essa causa nos próximos dias, para mostrarmos aos líderes de todo o mundo que é necessário dar um passo além e mudar o sistema alimentar global, para que essa cruel realidade da criação de animais em escala industrial deixe de existir no futuro", afirma o diretor-executivo do Fórum Animal, Taylison Santos.

Os dados assustam: 36% das colheitas de grão em todo o mundo são usadas como ração para alimentar animais, aponta o CEO da Compassion in World Farming, Philip Lymbery, em seu mais recente livro, "Sixty Harvests Left: How to Reach a Nature-Friendly Future" (na tradução para o português, "Sessenta Colheitas Restantes: Como Alcançar um Futuro Favorável à Natureza").

Toda essa colheita seria suficiente para alimentar 4 bilhões de pessoas, segundo Lymbery, que também é professor do Centro de Bem-Estar Animal da Universidade de Winchester, no Reino Unido.

Mesmo com essa produção massiva de grãos, a fome é alarmante em muitas partes do mundo, inclusive no Brasil, reflete Taylison. "A exploração de animais em escala industrial, além de causar sofrimento e não ser eficiente, impulsiona as mudanças climáticas, a perda de habitats naturais, a destruição da Amazônia, o desmatamento e o crescimento desenfreado da poluição, no Brasil e no mundo", diz o diretor-executivo.

Outro dado alarmante: 37% das emissões de gases de efeito estufa em todo o planeta são geradas pela forma como produzimos os alimentos, aponta Lymbery.

O sistema alimentar global não é adequado para o seu propósito, pondera o CEO da Compassion in World Farming. "Esse sistema causa imenso sofrimento a bilhões de animais que vivem em fazendas em todo o mundo, é o principal fator de perda de biodiversidade e contribui substancialmente para a crise no clima".

Todos esses são motivos para exigir um Ponto Final nessa história de exploração - dos animais, dos humanos e do planeta. Chamado de END.IT em outros países, o movimento tem apoio de organizações como a neozelandesa Animals Aotearoa, a sueca Djurens Rätt, além de: Eurogroup for Animals, Federation of Indian Animal Protection Organizations, Humane Education, Proteção Animal Mundial, Sinergia Animal, The Humane League, We Animals Media e World Animal Justice.

A petição pede que o Acordo Global a ser enviado à ONU deve contemplar:

●         Uma transição para sistemas agrícolas positivos para a natureza, que ajudem a restaurar a biodiversidade e os solos, e a manter o aumento global das temperaturas médias abaixo de 1,5ºC;

●         A reversão da dependência excessiva de proteína animal em populações com elevado consumo, e apoiar o acesso equitativo e seguro a alimentos nutritivos;

●         A garantia de uma transição justa para um sistema alimentar global que proporcione meios de subsistência justos aos produtores e proteja os direitos dos povos indígenas, das mulheres e das comunidades vulneráveis;

●         O alcance de um ambiente financeiro e regulamentar que ajude a garantir a transição citada acima;

●         O fornecimento de altos padrões de bem-estar para os animais que vivem em fazendas.

Sobre a organização:

O Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal (Fórum Animal) 
é uma organização fundada há 23 anos visando reunir ativistas e fortalecer ações para a proteção de todas as espécies animais. Construiu uma rede de apoio a outras ONGs por todo o país, com mais de 100 organizações afiliadas que atuam pela defesa do meio ambiente e a proteção animal, prestando apoio técnico e lutando pelo reconhecimento da senciência e dignidade animal.

É formada por uma equipe multidisciplinar, incluindo médicos-veterinários, pesquisadores, especialistas em marketing, comunicação, gestão de projetos, advogados e biólogos. Com a missão de proteger os animais em todo o país, sem distinção de espécie, trabalhando para que eles sejam respeitados como seres sencientes, e lutando para reconhecer a dignidade animal.


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RODRIGO SOARES DO VALLE
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